Em agosto do ano passado aconteceu mais um episódio negativo envolvendo os quadrinhos e a rede pública de ensino do Brasil.
Dessa vez, o alvo foi uma tira estrelada pelo Chico Bento, publicada na revista didática Viva! - distribuída pela Secretaria de Educação da Bahia entre os professores das escolas estaduais.
Ilustrando um artigo sobre o programa Letramento Prazer: Chico Bento em ação - iniciativa do Colégio Estadual Professora Felicidade de Jesus, em Jacobina/BA -, uma tira alterada apresenta o personagem dizendo "Fala pra ele enfiar tudo no cu", em resposta à frase "Meu pai tem 800 cabeças de gado", dita por um coadjuvante.
Dessa vez, o alvo foi uma tira estrelada pelo Chico Bento, publicada na revista didática Viva! - distribuída pela Secretaria de Educação da Bahia entre os professores das escolas estaduais.
Ilustrando um artigo sobre o programa Letramento Prazer: Chico Bento em ação - iniciativa do Colégio Estadual Professora Felicidade de Jesus, em Jacobina/BA -, uma tira alterada apresenta o personagem dizendo "Fala pra ele enfiar tudo no cu", em resposta à frase "Meu pai tem 800 cabeças de gado", dita por um coadjuvante.
A adulteração, que suprimiu um balão de diálogo do primeiro quadro e errou na grafia da palavra chula - que não tem acento -, foi feita sobre a tira originalmente produzida pelo Estúdio Mauricio de Sousa em 2002.
"A revista circulou só entre professores. Nenhum aluno recebeu. Os professores são inteligentes o suficiente para deduzir que foi um erro. Não teve consequência nenhuma", disse Adeum Sauer, secretário de educação da Bahia, citado pela Folha Online.
Dez mil exemplares da revista haviam sido distribuídos quando o problema foi detectado. Para evitar prejuízo com os outros 50 mil ainda estocados, a secretaria estadual resolveu cobrir a frase alterada com um carimbo e dar continuidade à distribuição.
Mas a Associação de Professores do Estado da Bahia está exigindo o recolhimento de todas as revistas e a apuração das responsabilidades pelo erro, que, segundo afirmou Sauer, foi cometido por uma funcionária terceirizada que diagramou a página e capturou a tira da internet, sem perceber o palavrão.
"Fui informado assim que a falha foi constatada, com pedidos de desculpas e informações sobre providências tomadas pelo governo . Julguei a atitude respeitosa e entendi que foi uma falha humana. E como a revista não chegou às crianças, dei o caso por encerrado", escreveu Mauricio de Sousa em uma série de postagens no microblog Twitter.
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